domingo, 10 de março de 2013
Alderan - O Último Paladino
Pouco se sabe do último Paladino. Mas poucos sabem, que tal ordem não acabou. Por mais de 200 anos, relatos de batalhas caóticas, onde a treva avançava de forma avassaladora engolindo tudo o que estava no caminho. Figuras disformes, faces demoníacas, espíritos mundanos em formas etéreas que não podiam ser atingidas. Foi quando no distante horizonte, entre a treva profunda, surgira uma figura celestial montada em um alazão branco; Diziam que por onde tal cavaleiro passava, um facho de luz dos céus clareava sua armadura, uma das mais grandiosas que os homens viram; Diziam que era prateada, com ombreiras largas e altas; o peitoral com uma cruz dourada, emanando uma intensa luz, como se o interior da armadura não existia um homem, mas apenas uma luz celestial, como se fosse os raios do Sol; elmo ligeiramente aberto nos olhos, dando tamanha impônencia, pois não se via o rosto de tal lendário cavaleiro. Quando chegara ao campo de batalha, bestas, demônios e homens cessaram o confronto. Tamanha imponência não podia passar despercebido aos olhos; ele desembainhou sua espada de lâmina aguda e ergueu aos céus; foi quando a vontade divina proclamara seu alento; uma intensa luz, como se fosse mil sóis em seu máximo esplêndor; e toda a treva que engolia a luz, fora dissipada; demônios urraram, espíritos gritaram; e a batalha teve seu desfecho. A luz dissipara as trevas. O Alto Clero nunca soube o paradeiro da ordem dos Paladinos; Era dito em contos que tais arautos da justiça e da mão divina serviam diretamente a Deus, não se pronunciando a ninguém. Em pergaminhos antigos, em 2000 anos de história sabe-se de 13 Paladinos. O último deles, de nome Alderan.
Volfener
Eras passaram. Reinos caíram; Deuses foram subjugados e lançados em abismos tão profundos que a própria escuridão não ousou chegar. Mas o reinado nórdico sempre manteve-se intocável por milênios. Todas as terras, de Nifelhein até Merinthel, não houve sequer um mero invasor por 350 anos. As três Anciãs, em sua incontestável sabedoria, proclamaram a Volfener, o rei absoluto dos povos nórdicos que a antiga profecia por fim estava para acontecer; "Preparate, grande rei; pois dentre a treva e o fogo, apenas tu e vossa nação poderão adentrar os perigos que os reinos profundos guardam; mais uma vez, usarás a espada do punho quebrado e o machado da lâmina negra". Fora isso que elas disseram. O grande rei, apenas olha para o alto e sorri, e diz a Golfen, seu general de longa data: "Mande mensageiros a todos as nossas terras; preparemos a maior investida armada de toda a nossa era; vá e fale aos mestres anões para usarem a grande forja e mais uma vez, reforjarem as armas de nossos antepassados, pois será a última grande marcha que faremos; ou nos tornamos reis de todo o mundo, ou morreremos e levamos quantos inimigos nosso aço pode cortar"
Volfener era conhecido por sua estatura elevada e seu físico desenvolvido; tinha longa barba ruiva e tranças em seus cabelos. Olhos azuis, frios como as montanhas mais elevadas; outrora, antes de ser rei, sozinho derrotara uma legião de mais de cem homens.
Narrativa 1 - Batalha
A massa disforme em seus lapsos de agonia, sob meus pés contorcia-se até
ela encontrar a sola de minha bota. Corvos em sua investida sedenta
festejavam com tamanha podridão e carnificina em proporções que se
estendem além do que posso vislumbrar. Restaram poucos, muito poucos.
Mas há inimigos que devemos trucidar. Alderan, o Paladino, com sua
armadura rubra de sangue de inimigos que derrotara. Posicionado para
"recepcionar" à próxima leva de inimigos, embainha sua espada de lâmina
aguda e de adornos finos; "Não sujarei minha lâmina novamente com
inimigos tão ínfimos". Usando apenas seu escudo de torre alta, com o
emblema do dragão de seis cabeças estampado em sua frente, ele marcha
como um titã; restara apenas ele e mais onze em uma legião de dez mil
homens. Noventa passos ele dera, até chegar o próximo inimigo. Com
avassalador golpe de escudo, ele arremessa 3 inimigos que são impedidos
de atacar por tamanhos ferimentos que receberam. Sob o chão, agora mais
três crânios são esmagados pelo paladino. Ele sorri; um arauto da mão
divina, em seu ápice extremo em campo de batalha. Uma rara visão do que
é ceifar pela ordem de Deus. Alderan retira uma lança cravada no chão e
olha para sua ponta; era uma lança diferente; ela possuia um peso
descomunal, quase cinco vezes mais pesado que uma lança qualquer "Uma
lança de algum metal divino, das grandes forjas celestes, aqui nessa
terra esquecida..."
E então; sua investida destrutiva tem início; detentor de inúmeras
técnicas, o Paladino avança com ímpeto para ceifar os inimigos
restantes; haviam mais de duzentos e ele julgara que seria uma boa
distração para o verdadeiro inimigo vindouro. Era algo descomunal, como
se movimentava e usava tal lança e escudo. Homem algum sabia como
atacá-lo pois não havia brechas em sua postura; pouco ajudaria se tal
brecha fosse achada, pois tamanha armadura tornava quase impenetrável
qualquer ataque ou investida inimiga...
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