quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Pelo Amor, Pela Paixão e seus Temores

CAPÍTULO I
QUANDO A SOLIDÃO DÁ SEU 1° PASSO
O vento sopra forte na janela, com tamanha força que faz meus pensamentos avassalarem pelo som pomposo que tal vento faz. Perdido em meus temores e incertezas, deixo-os de lado e recobro a sanidade de meus pensamentos e levanto de minha cama, da qual ao mero movimento de um braço, o som que é emitido por ela, me faz questionar o porquê dessa cama estar aqui ainda. Mas de fato, a cama é mais um de muitos adornos de meu quarto, sim, ela serve de enfeite nesse refúgio de meus dias sombrios, que tendem a perdurar até que encontre um motivo para viver e recobrar a normalidade de minha vida. Eis a questão: Onde encontro um motivo para viver? Onde consigo ser normal, em um mundo anormal e repleto de estranhos? Tamanha procura desempenhada por mim, tornou-me uma pessoa digna de uma jornada épica, como outrora reis e heróis da antiguidade faziam para conquistar um reino ou lutar em uma guerra em que a derrota é aparente. Mas o motivo de tais pessoas serem chamadas de heróis e outros de reis, não é pelo simples fato de carregar uma coroa, ou de ter feito atos dignos de serem contados em fogueiras, ou muito menos para serem cantados por bardos em tavernas para distrair seus clientes. A coragem, o empenho, a dedicação, a compreensão, o amor por aqueles que estavam ao lado de reis e heróis nas horas difíceis que tornaram tais pessoas dignas de terem tal status, de possuírem tal grau de respeito. Essa história será contada em outro momento, mais propício para proezas de pessoas especiais.
Quantas armadilhas caímos, em que a própria vida nos coloca, para aprendermos mais e mais e termos noção do que é tudo que nos cerca, em muito é desigual, equiparado, desiquilibrado e abrangente. Em muito ele é algo simétrico, tudo se encaixa perfeitamente, como se fosse obra de um poder além de nossa compreensão, e as vezes tão errôneo e desiquilibrado que chegamos a achar que o mundo conspira para nossa desgraça e cairmos em seu deleite de manipulações. Um dos motivos de continuar vivendo é pelo fato de não saber o amanha. Mas em muitos casos, o amanha é algo que sempre se repete e segue em seu trajeto viciante de monotonia, como se fossemos condenados há reviver um dia igual ao anterior todos os dias. É algo que temos recursos para lutar, tornar o dia de amanha diferente do anterior, mas o mero piscar de olhos fora de seu ciclo constante , pode fazer-nos escravos de nosso passado, ou seja, de nosso dia anterior.
Há um reino vazio e sedento para ser preenchido dentro de cada um de nós, um reino que necessita existir, para que não caiamos no absorto e infindável ciclo que em muito é repetitivo em nossas vidas. Esse espaço, esse “vazio interior” é algo que pode ser usado para nos guiar na vida ou nos afundar no caos. É algo muito relativo, sabermos como determinar se tal espaço será usado como nosso guia ou o nossa algoz. É nesse estágio, em que nos encontramos que as maiores dores são sentidas, e nesse momento crucial de nossas vidas que determinamos se podemos guiar a nossa vida ou seremos temerosos ao mundo, com medo de encará-lo de frente. Se as dores que nos cercam são feitas de incertezas, nossa vida será uma eterna busca por algo que não se sabe o que é, mas sabemos que será para preencher o tal vazio que permeia dentro de nós.
A tristeza, a andante constante em nossas vidas, o sentimento que nos espreita á todo o momento, tornando-nos escravos de sua frivolidade e desejos insaciáveis. Sugando o âmago, a cerne daqueles que se entregam aos seus desígnios, princípios primitivos, que tem o intuito de nos deixar escravos de nossos medos e de nossa sombra. Andar com um fardo extra em seu peito, uma bagagem extra no nosso currículo de vida, pode até nos engrandecer, tornando-nos vitoriosos em casos em que somos sós, e ela não tem espaço para adentrar em nenhum espaço de nossa alma e coração. É uma batalha intensa de quem decide enfrentar ela de frente, apenas com a audácia e coragem. É um fato notório de se acrescentar em vitórias de superações de vida, de tornar-nos independentes, e sedentos de algo forte e intenso na vida. Os guerreiros são aqueles que lutam sem ter medo de sofrer e errar; os fracassados se debruçam na dificuldade e choram sem nem mesmo lutar. Uma batalha perdida, não é uma guerra decidida, mas sim um prenúncio de uma estratégia para uma contraofensiva para equiparar ambos os lados, já a batalha que nem mesmo é travada, é o recuo da vida em um momento crítico, em que decisões devem ser tomadas, em que erros devem ser corridos. Em que sonhos e ambições de vida reerguidos.
A solidão, condenada e levada até os seus últimos patamares, erguendo uma monumental estrutura que gira em seu contorno incerto e ilusório, é algo designado por nosso interior, que não quer lutar contra ela, mas sim enganar a si mesmo com distrações próximas para tentarmos enganar tal sentimento de tamanha força que está em nosso permeio constante social. Enganando ela, é o principio de nosso ciclo de “distrações e enganações”. Se existe algo que pode lutar contra tal sentimento avassalador é a sinceridade de encará-lo de frente, com coragem, força, determinação, garra e acima de tudo, com a confiança de uma pessoa que honra seu coração. Honre a sua vida. Não desperdice e deixe seus sonhos para depois, pois quando menos esperar, a andante constante, vai ao seu encontro.

2 comentários:

  1. Meus parabéns, belo trabalho continue assim, abraços!!!
    clovesdf

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  2. Muito obrigado!!!
    É um prazer saber que apreciam meus textos!!

    Estarei sempre postando algo, totalmente de autoria minha.

    Att
    Marsan Theobald Fritzen

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