quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vestes do Esquecimento - Caminhando no Vazio do Passado

            

            Inúmeras vezes me senti sozinho e abandonado, como se fosse uma peça descartável na vida das pessoas que tanto estimava, privado e colocado de lado, como um cão abandonado para morrer, que tanto serviu ao dono, mas agora nao tem serventia. Muitos de vocês devem ou já se sentiram dessa forma na vida, e se não, um dia sentirão isso, o gosto amargo do esquecimento e do abandono. É da natureza humana, colocar de lado o que não lhe serve mais e procurar novas formas de satisfação, mas no contexto material, não no contexto humano, pois pessoas, homens, mulheres, iguais em questões existenciais, não são dignos de terem tal poder, de abandonar aqueles que tanto lhe reservaram tempo, carinho, amor e amizade para/com eles.
              Da noite para o dia, da madrugada para a manhã, o gosto de tal sentimento permeou meu ser, como um tufão desgovernado, sedento para estraçalhar laços fraternos; pela ingratidão, por palavras e  que tanto acreditei. O fato, que prova mais uma vez, que nem mulheres, nem homens, feras, bestas, demonios, ou seja lá o que existir em toda a face terrestre, não é digno de enganar e ludibriar aquele que quer apenas o bem acima de tudo. Pobre de nós, errantes em uma estrada tão tortuosa, somos fadados ao erro e ao acerto, e nunca nada está definido, se erraremos ou acertaremos.


CONTINUA

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