domingo, 15 de janeiro de 2012

CAPÍTULO XXVII - Quando Tudo Está Perdido (CONTINUAÇÃO)

 
 
CAPÍTULO XXVII - Quando Tudo Está Perdido (CONTINUAÇÃO)


É uma decisão que tomo agora, pois falo de meu destino, da sina de meus dias. Eu decidi que irei atrás da dama que é por direito detentora de meu coração, de minha alma e de minha vida. Despeço-me Alester, e partirei rumo a minha odisséia, a minha história de vida.
    - Entendo...Tens uma dívida muito maior com seu coração, do que com a vida. Respeito-te homem. Mas agora eu vos pergunto, como é seu nome? Gostaria de saber, pois os bravos de coração são raros nesse mundo, que me parece entrar em um caos sem precedentes.
     - Me chame de Hector. Agradeço, por achar que sou um daqueles que tem o coração bravo, mas acredito que seja um equívoco de sua parte. Um homem nobre, de coração bravo como diz que sou, não teria tanta hesitação em ver olhos que me fazem relembrar o que é viver verdadeiramente. Parece que tornei-me um andarilho sem rumo, fadado a vagar, recluso em meus pensamentos e em meu amor repreendido que é quase uma sensação de um sentimento único entre todos. Sinto-me como se fosse o mais singular de todos, como se eu fosse a única pessoa entre todos, a ter esse percalço: Um amor tão nobre, algo verdadeiramente grandioso que mal consigo sustentar em minha alma. É como se as chamas que nos rodeiam nesse instante fossem parte de toda essa imensidão reclusa em meu ser, algo que não posso entender porque é tão grandioso...
      - Carrega um grande fardo...ou uma grande dádiva, pois o mais nobre e justo está incrustado em sua alma. Tens o sentimento mais digno, verdadeiro e poderoso preso em seu ser, mas ele está, como posso dizer, selado em seu interior, profetizado apenas a se romper ao toque de lábios únicos. Me disseste pouco, mas sinto sua essência como se emanasse uma energia, uma sede por viver e um vazio tão grande que chego a me perder em pensamentos, imaginando como pode existir tamanha complexidade dentro de você Hector. Você vaga entre os homens, mas aqui não é sua estrada;  não pertence a esse mundo, pertence a um lugar que não é ao lado dos deuses, nem dos vivos e muito menos dos mortos. Algo sem precedentes, fora destinado a você, começo a crer nisso.
Aquelas palavras, de incrível impacto em meu interior e de verossímil verdade, fez eu ter uma profunda reflexão em meu ser. Como esse homem, com uma conversa tão breve, teve uma opinião tão precisa sobre minha pessoa?  Quem realmente ele é? Fui analisado por meras palavras, mas...porém, foram palavras de minha alma...
   - Alester, não tenho como expressar as palavras que disseste para mim nesse momento, mas apenas me responda uma coisa: Quem é você Alester? Como pode dar uma opinião tão precisa de minha pessoa, em uma breve conversa?


CONTINUA...

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