quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A Diva De Meus Sonhos


           O vento assovia entre as frestas da janela mal fechada, resultando em uma brisa gélida  que adentra o ambiente da casa. Um tapete lindamente confeccionado na Pérsia recobre todo o piso da sala.Um sofá de couro repousa logo embaixo da janela e lá está a musa dessa descrição narrativa, uma linda mulher, de aparência jovial que está entretida percorrendo as páginas de um livro, do qual  não pode se identificar o autor, tampouco o título da obra. A brisa que adentra o ambiente, de nada interfere em sua leitura, realçando sua beleza de traços delicados e sedutores. Seus olhos, de um tom amendoado, transmite sabedoria, mistério e paixão. Seus lábios carnudos realçam sua boca de encantadora suavidade, como morangos recem colhidos. Seus cabelos longos, negros como a noite dão um ar misterioso a tal perfeição em formas humanas; o que pode se dizer sob seu intelecto é um mistério, pois palavras  que aqui narrar, por mais lindas e perfeitas que sejam, não condizem com a verdade, pois tal termos e expressões ainda não foram inventadas; não há termo objetivo para tal intelecto e inteligência, por hora, apenas divino.
           Suavemente, o livro é prostrado sob o chão. Ela levanta-se. Delicadamente calça suas sandálias. Em seguida apanha seu livro e sai do recinto. Um leve perfume fica no ambiente que logo é espalhado pela brisa que lá adentra. Logo ela volta e fecha a janela. Mais uma vez posso sentir seu perfume.

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